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São quase sempre os mesmos as vítimas dos desarranjos climáticos


Furacão Catarina. Sobre o litoral catarinense e parte do nordeste gaúcho
Temporais, chuvaradas, ventanias, enchentes e outros quetais já são bem previsíveis aqui no Rio Grande do Sul. A tecnologia de mão, que carregamos no celular, já nos beneficia – a baixíssimo custo – que tenhamos informações precisas sobre o que vai acontecer com o tempo. Mesmo com poucos recursos, as estruturas de Defesa Civil municipais e estadual têm como saber que vai chover além da conta. Que os córregos vão alagar. Que árvores vão cair. Que fios vão expor a riscos de choque elétrico os transeuntes.

Todos sabem.

Há muitos meteorologistas e muitos sites que informam quando começa a chove e quanto de chuva vai cair.

Então... Por qual motivo, a cada chuvarada, nós ficamos pedindo donativos e contando os prejuízos? Por que temos tantos desabrigados? Por que não combatemos o problema?
Simples. Na maioria dos casos, as pessoas que sofrem com enchentes e ventanias são as mesmas. A cada ano. Dificilmente alguém busca sair de uma área de risco, áreas verdes, de preservação, encostas de morro. Dificilmente alguém busca sair sem precisa de ajuda do poder público. Quem sofre com as enchentes, na maioria dos casos, são pessoas extremamente dependentes das diferentes estruturas de poder público. Isso é fato.

Logo após as enxurradas, os repórteres de televisão vão até os locais onde as tragédias acontecem. As frases, em geral, ditas pelas vítimas dos desarranjos climáticos, são as mesmas. Começam com “perdi tudo que tinha” e terminam com um invariável “o governo tem que ajudar”. Pois bem, há, sim, um incrivelmente grande contingente de pessoas que esperam pelo poder público. Não fazem nada por si, nem mesmo procurar um lugar mais seguro para morar.

E não adianta colocar a culpa no tempo. Basta usar o telefone para saber como vai ser o tempo amanhã. 

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