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Mostrando postagens de julho, 2010

A "importância brutal" da internet nas eleições

Per-Oriol Costa, o espanhol que sabe tudo de internet e eleições Em entrevista ao jornal La Vanguardia, de Barcelona, Pere-Oriol Costa, especialista em campanhas eleitorais, analisa algumas das principais causas do sucesso da campanha eleitoral de Barack Obama. Entre elas, destaca o papel que a internet desempenhou na caminhada do candidato democrata, desde o início da disputa das primárias, quando superou Hillary Clinton. “Esta campanha”, defende ele, “redimensionou o papel da internet nas campanhas eleitorais, confirmando sua importância brutal e amplificando muitas coisas que já estavam inventadas, como arrecadar fundos para a campanha e construir uma poderosa rede de voluntários”. Uma parte expressiva do dinheiro da campanha de Obama veio de pequenas contribuições feitas pela internet, o que garantiu maior poder de fogo ao candidato, especialmente na reta final. Quais foram, do ponto de vista da estratégia eleitoral, os fatores-chave para a vitória de Obama? Nas primárias, Obama pe

De home broker para bolsa em casa

Evitar os estrangeirismos e assumir as coisas em português é com para a auto-estima do brasileiro Em vez do "fast quote", a cotação rápida. No lugar do "watchlist", o simples "minha lista". Adeus ao esnobe "upside potential", boas-vindas à simples e direta perspectiva de alta. Em busca da classe C e da meta de atrair 5 milhões de pessoas físicas para a bolsa em cinco anos, como prevê a BM&FBovespa, as corretoras deixam de macaquear o jargão dos investidores americanos e começam a falar a língua do investidor brasileiro: o português. O primeiro a superar o complexo de vira-latas que acomete os brasileiros e aderir à lingua pátria é o home broker, ou melhor, a "bolsa em casa" da corretora Spinelli. Veterana do mercado, com mais de 57 anos de existência, a corretora aposentou a plataforma operacional "Desktop Trader pro" e lançou um sistema batizado de "Operador +", em que não há expressões em inglês. "Pode par

Impostos e seu custo invisível

ENTRE 1997 e os 12 meses terminados em maio de 2010, os gastos primários do governo federal cresceram, a preços de hoje, pouco mais de R$ 330 bilhões, dos quais R$ 250 bilhões desde 2002, uma velocidade equivalente a 6,3% ao ano acima da inflação, mais de duas vezes mais rápida que o PIB. Sem repasses a Estados e municípios, o gasto federal atingiu 18,5% do PIB nos últimos 12 meses, o maior da história. No entanto, argumenta-se que o aumento do gasto não seria excessivo, pois a maior parte dele consistiria em transferências a famílias, e não de consumo do governo em si. À primeira vista, o argumento pareceria inatacável: o governo tomaria recursos com uma mão, tributando a sociedade, enquanto com a outra os retornaria como pagamentos a aposentados, ou transferências aos atendidos por programas sociais -por exemplo, o bem-sucedido Bolsa Família. Isto é, o governo atuaria como mero intermediário e a operação seria basicamente neutra do ponto de vista econômico, implicando melhora da dist

Quer mesmo ficar rico?

Reflita bem sobre seus objetivos na vida e esteja preparado para assumir um compromisso com você mesmo... As chances de que você, ao procurar o caminho do enriquecimento, esteja percorrendo o caminho errado são bastante grandes. Reflita bem sobre seus objetivos na vida. Pense no porquê da riqueza como objetivo de sua vida. Esse é um exercício importante. Pense no significado da riqueza para você. O que você define como riqueza? Se, para você, riqueza é ter recursos suficientes para comprar o carro dos seus sonhos, uma casa imensa de frente para a praia ou uma viagem em redor do mundo, lamento dizer que, quando conseguir isso, provavelmente sua frustração será muito grande. Você perceberá que a posse de bens materiais apenas alimenta a ansiedade pela acumulação cada vez maior de novos bens. A ganância humana não tem limites, e por isso a aquisição material jamais o fará feliz. A melhor prova disso está ao seu alcance. Leia jornais e revistas e veja os fatos. Existem centenas de exemplos

O clube dos ricos tem porta - e bem fechada

Não é tão simples ignorar o poder do G-8 e uma - muito improvável - substituição pelo G-20 A reunião do G20 no fim de junho, no Canadá, aponta para uma virada no jogo dos países ricos contra a crise financeira – um problema que não partilhamos. Essa virada abala as pretensões de Brasil, Índia e China de assumir um maior papel político global. O governo brasileiro havia vaticinado, no ano passado, a morte do G8 (o clube que reúne só os países mais ricos e a Rússia) e sua substituição pelo G20 (que inclui os grandes países em desenvolvimento). Não é bem isso que vemos. O recado político dos ricos, disfarçado de documento técnico, veio do Banco Mundial. No seu último relatório bienal, publicado às vésperas da Cúpula de Toronto, o banco soltou uma estimativa de quanto se beneficiariam os países emergentes, até 2014, em virtude da possível adoção, pelo G8, de uma política de segurar gastos públicos e controlar seu enorme déficit fiscal. Essa é a conclusão de conto de fadas para o futuro dis

O mercado sindical

Criadas, em tese, para renovar e fortalecer a organização sindical e apoiar os sindicatos de trabalhadores em suas reivindicações, as centrais sindicais pouco ou nada têm feito para cumprir seu papel. Elas estão preocupadas apenas em filiar o maior número possível de sindicatos. Mas não estão fazendo isso para se fortalecer para suas lutas, como costumam dizer seus dirigentes; fazem-no por dinheiro. Sob a aparência de uma disputa por aumento de influência política, o que elas disputam, de fato, são maiores fatias de um mercado lucrativo em que, com a inestimável ajuda do governo Lula, foi transformada a estrutura sindical do País. Esta é mais uma das consequências nocivas da iniciativa do governo do PT de reconhecer as centrais como integrantes do sistema sindical nacional, o que as habilita a receber parte da arrecadação do imposto sindical - dinheiro retirado do bolso do trabalhador e equivalente a um dia de trabalho por ano. Pela lei que as reconheceu como entidades sindicais formai

Investidor reduz risco de carteiras com medo de nova onda recessiva

Desde quando os mercado de ações e de commodities em todo mundo atingiram um pico em abril e maio, em meio a um alívio de que o pior da crise financeira já tinha passado, o ânimo dos investidores ficou sombrio. Os índices em todo o mundo despencaram. Uma crise de dívida em curso na zona do euro e o risco de um "duplo mergulho" recessivo no Ocidente assumiram o centro do palco. Alguns gestores de fundos estão "saindo fora", nervosos com o que lhes reserva o segundo semestre. "Nossa carteira está em seu mais baixo nível de exposição a riscos em 18 meses", disse Jack Ablin, diretor de investimentos do Harris Private Bank. Embora os preços das ações estejam parecendo razoáveis, disse Ablin, ele preferiu expor-se a dinheiro e a dívida pública de curto prazo. Aumento de moedas e títulos em carteira é o tipo de mix de ativos preferido por muitos investidores desde que a crise na zona euro intensificou-se e que um fluxo contínuo de dados econômicos têm desapontado

A vida nunca foi tão boa

Mesmo com poluição, doenças e criminalidade, o jeito de viver está melhor Virou moda entre ambientalistas de hoje pintar um quadro sombrio de nosso futuro. Embora existam muitas questões ambientais por resolver, muitas espécies ameaçadas, mais poluição do que a maioria de nós gostaria e gente demais passando fome todos os dias, não vamos esquecer de como chegamos longe, tendo começado 10 mil anos atrás. Naquele tempo, todas as pessoas viviam como caçadoras-coletoras em relativa pobreza comparada com hoje. O quanto elas eram pobres? Se alguém entrar hoje numa aldeia ianomâmi no Brasil - uma boa analogia de como viviam nossos ancestrais - e contar as ferramentas de pedra, cestos, pontas de flecha, arcos, redes de dormir, vasos de cerâmica, outras ferramentas diversas, vários produtos medicinais, bichos de estimação, produtos alimentícios, artigos de vestuário, etc., não contaria mais de 300 artigos. Há 10 mil anos, essa era a riqueza material aproximada de cada aldeia do planeta. Em cont

O tripé dos investimentos: segurança, liquidez e rentabilidade

QUANDO PROCURAMOS a melhor alternativa para investir nosso dinheiro, estamos em busca de basicamente três atributos: segurança, liquidez e rentabilidade. Não é provável encontrarmos todos em um mesmo produto de investimento. É antiga a tradição do investimento em imóveis por causa da forte sensação de segurança que transmite ao investidor. Entretanto, a rentabilidade não está entre as mais competitivas, e liquidez é um atributo que definitivamente essa alternativa não oferece. Pode levar meses ou anos para vender um imóvel. O investimento em ações é famoso e cobiçado pela alta rentabilidade potencial que oferece. Liquidez é uma vantagem indiscutível, pois é possível comprar e vender ações no mesmo dia. Entretanto, o atributo segurança passa longe do investimento em ações. Quem entrar nesse mercado deve estar disposto a correr risco para tentar abocanhar a tão cobiçada rentabilidade. NEM TÃO SEGUROS Os conhecidos investimentos em "renda fixa" nem sempre são tão seguros quanto