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Mostrando postagens de agosto, 2011

Sem crise externa, seria um erro não subir a taxa de juros, diz LCA

por  Thais Heredia, do G1 A economia brasileira começa a dar sinais de que realmente tirou o pé do acelerador. Primeiro foi a indústria, agora a geração de empregos que começa a enfraquecer, indicando que o país reage com mais intensidade às medidas adotadas pelo governo para controlar a inflação e ao cenário turbulento da economia internacional.   O que ainda não está claro para o economista Celso de Campos Toledo da LCA consultores, e para grande parte do mercado, é sobre qual será a atitude do BC diante da crise mundial e da tarefa de levar a inflação brasileira de volta ao centro da meta de 4,5%. “Com a crise externa, muda tudo. Se eu fosse o BC hoje e tivesse que tomar uma decisão, eu não faria nada porque o futuro está muito incerto. Mas acredito que, se não tivéssemos essa crise, seria um erro não subir a taxa de juros novamente”, avalia Toledo. O economista argumenta que a dinâmica da inflação ainda preocupa e seria muito importante que o país vol

O Brasil e a crise: estresse, não catástrofe

Por José Serra Publicado no Estadão em 11/08/2011 Não é possível prever a extensão e a profundidade do mergulho das economias da Europa e dos EUA, mas se pode esperar, no mínimo, uma estressante instabilidade financeira, ao lado da inflexão para baixo no crescimento da economia mundial. No caso dos EUA, o impasse político sobre os limites do endividamento público ocorreu quando a economia apresentava sinais de fraqueza. A política monetária frouxa e a desvalorização do dólar nos últimos anos mostraram-se incapazes de reativar a demanda e o crescimento de maneira sustentada. Paralelamente, o governo Obama não conseguiu promover uma expansão do gasto público que tivesse efeitos multiplicadores poderosos sobre os investimentos e o emprego, como num modelo keynesiano básico. O aumento do déficit e da dívida desde 2008 resultou em grande medida da absorção da dívida do setor privado. Agora, a simples perspectiva de cortes (suaves) naquele gasto piorou as expectativas em todo o mu