Uma ação da fiscalização sanitária da prefeitura de Santo Antônio da Patrulha na sexta-feira, dia 31 de março, resultou no fechamento do melhor e um dos mais tradicionais açougues de Santo Antônio da Patrulha. A Mercearia Monteiro, com 25 anos de mercado, não deve mais abrir as portas, segundo seu proprietário, Eraldo Monteiro Braga, o Tião.
Durante a ação de fiscalização, os agentes inutilizaram todo o estoque de carnes e embutidos que havia no estabelecimento.
Segundo Tião, os fiscais mostraram truculência durante o trabalho. "Mandaram eu calar a boca, caso contrário eu iria para o Presídio Central", recorda.
O proprietário, que tem mais de 35 anos no ramo de comércio varejista de carnes (dez como empregado e 25 como proprietário), decidiu que não vai mais abrir a Mercearia Monteiro. "Cansei de ser humilhado", disse Tião.
A Mercearia Monteiro é uma das mais tradicionais da cidade. Sempre ofereceu carne inspecionada, de ótima qualidade e observando todos os cuidados de armazenamento.
A Assessoria de Impresa da prefeitura de Santo Antônio da Patrulha divulgou a seguinte no final da tarde desta segunda-feira:
Nota de esclarecimento sobre fiscalização sanitária do comércio de carnes
A prefeitura de Santo Antônio da Patrulha informa que o açougue que recebeu inspeção da equipe da Vigilância Sanitária na última sexta-feira (31/03), foi autuado por conter e carne vencida e também por congelar a carne que deveria ser mantida resfriada. O proprietário, que já havia recebido uma orientação para adequação em janeiro e não tomou as providências exigidas pela Vigilância, decidiu fechar o estabelecimento depois da segunda inspeção, seguida da apreensão dos produtos impróprios para o consumo. Ou seja, a referida empresa no foi interditada pela Vigilância Sanitária.
Como é de amplo conhecimento, as carnes, assim como os demais produtos de origem animal, possuem maiores riscos e devem ser produzidos, transportados, manipulados, armazenados e expostos à venda, em condições higiênicas, tendo contato com utensílios e equipamentos limpos, e observando a temperatura de conservação e o prazo de validade.
O trabalho da Vigilância Sanitária é isento e autônomo com o objetivo exclusivo de defender a saúde da população. As fiscalizações são realizadas sem interferência de entes políticos. Nesses casos, um processo administrativo sanitário é aberto e o proprietário tem o direito a ampla defesa e ao contraditório, podendo haver até 3 (três) instâncias de julgamento que estão distanciadas do corpo de agentes e fiscais sanitário, de forma a garantir a impessoalidade e a lisura dos referidos Processos.
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