Publicado por Época Negócios
Nadia baseou seu projeto na necessidade de métodos
eficientes de tratamento e dessalinização de água para o futuro. Segundo ela,
por causa da urbanização, globalização e ameaça de mudanças climáticas quase
metade do mundo viverá em áreas com recursos hídricos limitados.
"Eu pensei que a característica única do
grafeno e suas propriedades, incluindo seu potencial para dessalinização e
propriedades de filtragem, poderiam ser parte da solução”, disse em comunicado
do Global Graphene Challenge, o prêmio que venceu. “Eu sou fascinada pelo estudo
e aplicações de materiais avançados.”
O que levou Nadia a optar pela engenharia de
materiais foi seu interesse por materiais que auxiliassem na saúde do ser
humano. “Eu sempre fui interessada em medicina regenerativa e como poderíamos
usar materiais avançados para tratar e melhorar o corpo humano”, disse. Entre
2014 e 2015, ela recebeu auxílio do Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq) por meio do programa Ciências sem Fronteiras, e
passou um ano na Universidade de Manchester. Em 2017, ingressou em um programa
de pós-doutorado em bioengenharia na Universidade da Califórnia em Berkeley.
Nadia venceu o Global Graphene Challenge, criado
pela empresa sueca Sandvik Coromant. A premiação pediu aos concorrentes que
enviassem projetos envolvendo o uso de grafeno. Como prêmio, ela ganhou o
direito de visitar a sede da Sandvik Coromant, na Suécia, e o Graphene Centre
na Universidade de Tecnologia Chalmers.
A competição aconteceu entre abril e maio de 2016 e
estava aberta para projetos de todo o mundo, todos partindo do uso de grafeno.
“O grafeno é um material com alto potencial para inovação em muitas áreas”,
afirmou Patrik Carlsson, diretor do Graphene Centre na Universidade de
Tecnologia Chalmers e um dos avaliadores.
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