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A crise está braba, mas muitos querem governar o Rio Grande do Sul

A escultura de Paul Landowski, representando a indústria, na fachada do Palácio Piratini (Foto: Leandro Osório)


Os déficits nas contas públicas do Rio Grande do Sul ficam cada vez mais graves, podendo chegar a R$ 8 bilhões neste ano de 2018. Exatamente no ano em que haverá eleições para escolher o próximo governador gaúcho. Ou, caso seja a vontade da maioria, manter no cargo o peemedebista José Ivo Sartori.  Há, pelo menos, além do próprio Sartori, mais seis pré-candidatos que já anunciaram sua intenção de concorrer ao pleito.
A crise está braba, mas há muitos que querem a chefia do Executivo gaúcho. Qual seria o interesse? Bom, o poder é bom. Exercê-lo é uma maravilha. Há cargos para indicar, há um cerimonial permanente, segurança, possibilidade de ditar – ao menos um pouquinho – o ritmo de vida dos cidadãos que moram no Rio Grande do Sul. Ser governador é um feito e tanto, sempre é possível fazer alguma coisa para entrar na história. Até mesmo criar um cartão de crédito, como no caso de Olívio Dutra. Ou, de batizar uma bolacha com o nome da primeira-dama, no caso de Alceu Collares.
Há também casos memoráveis de tão bons, como a privatização implementada no governo Antônio Britto, o déficit zero de Yeda Crusius e a propaganda positiva do Rio Grande do Sul feita com louvor por Germano Rigotto.
Bom, voltando a 2018. José Ivo Sartori, Antonio Weck, Mateus Bandeira, Luis Carlos Heinze, Eduardo Leite, Jairo Jorge e Ranolfo Vieira já “colocaram seu nome à disposição” para a disputa ao Piratini. De todos eles colocados, apenas o de Antonio Weck representa a novidade total. Nunca foi político, não foi funcionário público e fez carreira e fortuna na iniciativa privada. Tem experiência de gestão e administração de recursos humanos extraordinárias. Os demais, são mais do mesmo. Jairo Jorge e Eduardo Leite foram prefeitos. Mateus Bandeira foi presidente do Banrisul. Heinze é deputado há mais de 16 anos e Ranolfo é delegado da Polícia Civil.
Este ano a campanha vai ser muito curta. São pouco mais de 30 dias de campanha na televisão, entre a “gratuita” e a que vai ser disponibilizada pelos telejornais.  A maior parte das informações sobre as candidaturas virá, mesmo, pelas redes sociais, em especial pelo Facebook. As timelines ficarão inundadas de propaganda neste ano.
O Rio Grande do Sul tem tudo para ser um estado pujante, rico e próspero, como já fora no passado. O governante que sentar na cadeira mais quente do Piratini a partir de janeiro de 2019 vai precisar fazer cortes e tomar medidas muito drásticas. Extinguir setores inteiros, demitir funcionários públicos, deixar de prestar serviços que não são exclusivos do estado, são objetivos que o próximo governo terá que cumprir. É preciso economizar dinheiro com pessoal e com serviços que não são essenciais.
Vai ser difícil tomar decisões dessa magnitude. Mas, caso não sejam tomadas, o Rio Grande do Sul corre o sério risco de não pagar mais o funcionalismo. Não apenas atrasar. É não pagar mesmo.


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