Pular para o conteúdo principal

Tropas brasileiras no Haiti rumam ao norte do país para ajudar população durante passagem do furacão Irma



Decisão foi tomada depois de autorização dada pela ONU para estender a atuação dos militares brasileiros na Minustah, que terminou na quinta-feira
820

       
Luciana Garbin, O Estado de S.Paulo
06 Setembro 2017 | 11h23 

Tropas brasileiras no Haiti seguiram na manhã desta quarta-feira, 6, para a região de Saint-Marc, no norte do país, para ajudar a população durante e após a passagem do furacão Irma.

A decisão foi tomada depois da autorização da ONU para estender até 17 de setembro a atuação dos militares brasileiros na Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah), que havia terminado na quinta-feira, 31 de agosto.

Haiti - Bairro de Santo Cristo
Bairro de Santo Cristo foi criado após a invasão de pessoas que ficaram desabrigadas com o terremoto de 2010

“Às 11 horas, enviei dois grupamentos de 48 homens cada para Saint-Marc, cidade que fica entre Porto Príncipe e a área ao norte onde o furacão atingirá o país”, explica o general Ajax Porto Pinheiro, force commander da Minustah. “Dois outros grupamentos ficarão de reserva na capital para serem empregados em diferentes regiões.” Há ainda no país outros 12 pelotões de infantaria. “Não podíamos abandonar os haitianos agora”, afirma o force commander. “Eles não terão a ajuda de outros países como no ano passado. O Caribe inteiro será violentamente atingido.”

Cada grupamento enviado ao norte haitiano é composto por uma seção de engenharia, uma equipe médica e um pelotão de infantaria. No total, cada um deles leva 17 viaturas e máquinas para desobstruir barreiras em estradas, além de botes infláveis.

"Esses grupamentos têm capacidade de permanecer isolados por mais de uma semana, pois têm caminhões de água, combustível, geradores e cozinha”, explica o force commander. “Amanhã (quinta-feira), pernoitarei com eles em Saint-Marc, onde celebraremos o Dia da Independência do Brasil e acompanharemos a passagem do furacão.”

A expectativa é de que o Irma atinja o norte do Haiti já nesta quinta-feira e os efeitos sejam sentidos também na capital, Porto Príncipe, mais ao sul. Segundo a Seção de Comunicação Social do Batalhão Brasileiro, são esperados inundações e deslizamentos de terra provocados por chuvas e ondas, além de problemas causados pelos fortes ventos, que devem atingir o Haiti a pelo menos 120 km/h. O órgão afirma que os militares aguardarão a passagem do furacão “em local seguro e abrigado (contêineres)”.

Na manhã de sexta-feira, os dois grupamentos seguirão juntos até Gonaives. De lá, um irá para Port-de-Paix e o outro para Cap Haitien e Fort Liberte, regiões que devem ser duramente atingidas.

O comandante da Companhia de Engenharia da Força de Paz (Braengcoy), Anderson Soares do Carmo, lembra que nos últimos meses foi feita uma série de reconhecimentos de partes do Haiti porque já se tinha a informação de que a temporada de furacões deste ano poderia ser mais intensa que a de anos anteriores.

“A gente sabe por exemplo que, bem ao norte do país, há uma região montanhosa com tendência a deslizamentos e quedas de pontes”, explica. “Então devemos levar, entre outros equipamentos, escavadeiras e tratores de esteira para desobstruir vias para que a ajuda humanitária possa chegar.”

As tropas também têm um papel importante na segurança de instalações, zonas de pouso de helicópteros e comboios, para que não sejam saqueados, e distribuição de água e alimentos. Em 2016, o Furacão Matthew deixou mais de mil mortos no Haiti e os militares brasileiros foram fundamentais para que a ajuda humanitária pudesse alcançar a população em segurança.

De acordo com o general Ajax, a expectativa de término oficial da Minustah em 15 de outubro está mantida. “Esperamos estar de volta a Porto Príncipe até 17 de setembro, pois os voos de retorno ao Brasil, que estavam previstos para 11 de setembro, foram adiados para 21 de setembro”, explica. Já o embarque de armas, blindados e outros materiais em navios foi adiado da primeira para a segunda semana de outubro.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Um pouco mais de Cláudio Bier. A pedidos

Cláudio Bier em seu escritório na Masal  Cláudio Bier é um dos maiores empregadores privados de Santo Antônio da Patrulha. Juntando as duas unidades da Masal - a patrulhense e a fábrica em Farroupilha -, a empresa dá emprego para mais de 270 pessoas. A metalúrgica Jacuí, que ficou responsável pela fabricação da linha agrícola (carretas graneleiras e implementos para plantio), emprega 40 pessoas em Cachoeira do Sul. A filha Maremília está sendo preparada por Bier para assumir o comando das indústrias. É formada em administração de empresas, aperfeiçoou o inglês em uma temporada de mais de um ano fora do país e foi a responsável pela reestruturação da Jacuí assim que o pai assumiu a empresa. Mesmo na crise que tomou conta da economia brasileira no segundo mandato da presidente cassada Dilma Rousseff, a Masal conseguiu manter-se firme no mercado. Com muitas decisões baseadas nos dois pés no chão, Cláudio Bier conquistou uma estabilidade extraordinária. Em 2016, a empresa teve um

Bela em Rivazto - Bruna Muniz Barcelos

Bruna Muniz Barcelos, 23 anos, nascida no dia 18 de Abril de 1993 é residente de Santo Antônio da Patrulha. Bruna é filha de José Levi Gomes de Barcelos e Maria Nelci Muniz Barcelos. Atualmente está no quarto semestre de Psicologia na instituição UNICNEC e trabalha no Sindicato Rural de Santo Antônio da Patrulha. Sobre os seus planos futuros, a jovem diz que vive o presente,  além de se formar e atuar na área.  Bruna afirma que carrega consigo uma determinação inexplicável,  que tudo que coloca em mente geralmente põe em prática e acredita que isso seja um ponto positivo. Ela acredita que toda essa "garra" venha da personalidade, um tanto quanto forte, brinca que o signo de Áries a define sempre.  O ensaio foi realizado dia 11 de Fevereiro deste ano pelo fotógrafo Édipo Mattos. Contou ainda com a produção de Rafael Martiny e maquiagem de Aline Costa. 

Lojas Havan em Santo Antônio?

Fachadas das lojas têm a tradicional réplica da Estátua da Liberdade (foto: site Havan)  A tradicional rede catarinense de lojas de departamentos Havan pode ter visto no seu radar de expansão o município de Santo Antônio da Patrulha. No dia 6 de janeiro, o vice-prefeito José Francisco Ferreira da Luz, o Zezo, fez um contato com o diretor de Expansão da empresa, Nilton Hang, oferecendo a possibilidade de um terreno às margens da BR-290 Free-Way para uma eventual instalação de uma loja. O contato foi informal e ainda não houve nenhuma documentação de interesse por parte da prefeitura de Santo Antônio da Patrulha. Mesmo que tenha sido o primeiro contato, fica a torcida para que Santo Antônio possa ser a sede da primeira loja da empresa, que já tem pontos em 14 estados brasileiros. Para quem costuma ir a Santa Catarina, o visual das lojas impressiona. Todas elas têm réplicas enormes da Estátua da Liberdade junto ao estacionamento. As Lojas Havan vendem de louças a brinquedos, roupas