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O que eu estava fazendo no dia do choque de civilizações



Miguelito Medeiros

No dia 11 de setembro de 2001 eu estava na redação do semanário Folha de Novo Hamburgo. Saía toda sexta-feira com informações apenas de Novo Hamburgo e de pessoas identificadas com a cidade que estavam sendo notícia mundo a fora.
Na manhã do mais grave atentado contra a civilização ocidental, que acabou marcando de verdade a entrada do mundo no século 21, eu estava lá, trabalhando em mais uma edição. Eis que entra na redação uma moça do comercial dizendo que recebera uma ligação de casa naquele momento. Caiu um avião em Nova Iorque. Era a informação.
Logo a TV a cabo foi ligada na CNN. Não tinha nada, só uma imagem da primeira torre gêmea fumegando. E uma frase chocante: "America Under Attack". Em seguida, começaram os repórteres da rede a falar com as primeiras informações.
Na internet (não havia rede social nenhuma, nem Orkut) o site da CNN havia caído. Tinha apenas uma mensagem em caracteres DOS, a tela preta e as letrinhas em claro, com algumas informações. O modo bonitinho do www havia parado de funcionar, dado o monstruoso volume de acessos.
Ouvidos grudados nas rádios AM, veio a confirmação de que Nova Iorque havia se tornado alvo de um ataque terrorista.
Não havia muita coisa que pudéssemos fazer, apenas verificar se havia algum hamburguense entre as vítimas ou próximo da tragédia. Acionando a rede de contatos, através de muito SMS e e-mails, sempre se achava algum hamburguense próximo do local das torres gêmeas. Foi isso.
No mais, fui até uma loja de conveniência do outro lado da rua comer alguma coisa. Ao telefone, falando com o jornalista Adriano Floriani, que havia morado em Nova Iorque, estava eu com o pastel na mão, o telefone na outra e os olhos grudados na TV do posto de gasolina. Do outro lado da linha, Adriano dá um berro. Caíra a primeira torre do World Trade Center.
Além da Folha de Novo Hamburgo, também trabalhava para a Rádio Bandeirantes, como correspondente no Vale do Sinos. À noite, em dobradinha com a apresentador Márcia Barros, fiquei comentando o que havia acontecido.
A partir do Onze de Setembro, tudo mudou. Foi o choque de civilizações do Samuel Huntington se operando na frente de nossos olhos.

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