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Jobs queria biografia para que os filhos o conhecessem, diz autor

Do G1, em São Paulo

Walter Isaacson divulgou trecho de livro, que sai dia 24, na revista 'Time'.

O escritor Walter Isaacson, autor da biografia autorizada de Steve Jobs que será publicada mundialmente - inclusive no Brasil - em 24 de outubro, divulgou trechos do livro na edição da revista Time que chega às bancas nos Estados Unidos nesta semana. Segundo Isaacson, Jobs o contatou para escrever o livro porque queria que os filhos o conhecessem. Assumidamente workaholic, Jobs dizia ter tido pouco contato com seus 3 filhos, já que passava boa parte de seu tempo dedicado à Apple.

Leia trecho do livro:

"Há algumas semanas, visitei Jobs pela última vez em sua casa em Palo Alto, na Califórnia. Ele tinha se mudado para um quarto no andar de baixo porque estava fraco demais para subir e descer escadas. Ele estava encurvado, sentido alguma dor, mas sua mente ainda estava afiada e seu humor, vibrante. Conversamos sobre sua infância, e ele me deu algumas fotos de seu pai e de sua família para eu usar na biografia. Como um escritor, eu estava acostumado a me sentir distante e imparcial, mas fui atingido por uma onda de tristeza quando tentava me despedir. Para mascarar minha emoção, eu fiz uma pergunta que ainda me intrigava: por que ele estava tão ansioso, durante as cerca de 50 entrevistas e conversas ao longo dos últimos dois anos, para se abrir tanto para um livro, se ele havia sido tão reservado normalmente? "Queria que meus filhos me conhecessem", ele disse. "Eu nem sempre estava lá para eles, e queria que eles soubessem por que e que entendessem o que eu fiz".

Em outro trecho, divulgado no site da Time, Isaacson conta como foi contatado por Jobs para escrever a biografia do empresário.

"No início do verão de 2004, eu recebi uma ligação dele. Ao longo dos anos, ele era esporadicamente amigável comigo, com uma intensidade maior ocasionalmente quando ele estava lançando um novo produto e queria a capa da 'Time' ou aparecer na CNN, lugares que eu trabalhei. Agora que não estou em nenhum desses lugares, não tinha ouvido muito dele. Conversamos um pouco sobre o Instituto Aspen, no qual eu acabara de entrar, e o convidei para dar uma palestra durante o curso de verão no Colorado. Ele disse que gostaria muito de ir, mas não para subir ao palco. Ele queria, por sua vez, dar uma volta para que pudessemos conversar.

"Ele parecia um pouco esquisito. Eu ainda não sabia que uma longa caminhada era a maneira preferida dele para ter uma conversa séria. No final das contas ele queria que eu escrevesse sua biografia. Eu tinha acabado de publicar uma sobre Benjamin Franklin e estava escrevendo a de Albert Einstein, e minha reação inicial foi ponderar, meio em tom de piada, se ele achava que ele seria o sucessor natural nessa sequência. Como eu supus que ele ainda estava no meio de uma carreira oscilante, com vários altos e baixos ainda por vir, eu relutei. Agora não, eu disse. Talvez em uma década ou duas, quando você se aposentar.

"Mais pra frente eu percebi que ele havia me ligado pouco antes de ser operado do câncer pela primeira vez. Enquanto eu via ele lutar contra a doença, com uma intensidade incrível combinada com um romantismo emocional surpreendente, eu passei a achá-lo profundamente convincente, e percebi o quanto de sua personalidade estava encravada nos produtos que ele criou. Suas paixões, demônios, desejos, arte, magia e obsessão por controle estavam integralmente conectadas a sua abordagem dos negócios, então decidi tentar escrever seu conto como um estudo de caso de criatividade."

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