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Bolsa x Aposentadoria

Salomão Santos, www.executivosfinanceiros.com.br

Quando se fala em investimento a longo prazo no mercado financeiro, é impressionante como a primeira associação não se dá às ações na Bolsa. Mas, apesar da não lembrança, essa é uma forma de investimento que deveria ser considerada pela maioria dos brasileiros para a tão sonhada aposentadoria.

Nos dias de hoje, mais e mais pessoas se tornam executivos mais cedo, e não têm tempo de cuidar dos seus investimentos. Aí é que entra a tal previdência privada, formato mais difundido diante desse perfil de público. Muitos procuram seus gerentes, seus bancos para investir o dinheiro. Acabam fazendo os chamados produtos de prateleira. Aqueles prontinhos, saídos dos fornos das grandes instituições. Porém, será que no médio e longo prazo, isso é realmente o que o jovem procura?

Por exemplo, um investidor jovem e bem sucedido, e que já tenha conquistado um patrimônio expressivo, poderia diversificar seus investimentos em ações e, dependendo do perfil, colocar de 20 a 30% do seu dinheiro de longo prazo em ações diretas. E a grande vantagem é que a decisão será baseada em orientações fundamentadas em números reais e simulações de mercado.
E por que em ações? Vamos fazer algumas considerações básicas. Primeiro, o Brasil, em 10 a 15 anos, será um País de pessoas predominantemente mais velhas. Mas, também será um País em que o crescimento econômico poderá ser mais consistente, mais sólido, e poderemos figurar entre as maiores economias do mundo, e isso já nos próximos 5 a 6 anos. Assim, a nossa economia poderá estar aquecida para nossos jovens e, principalmente, para nossas empresas. Portanto, investir em ações é um grande negócio para o futuro.

Fazendo uma breve retrospectiva, quem empregou dez mil reais em 1995 em papéis como a Petrobrás, em 2009, logo após a maior crise dos últimos 70 anos –que foi em 2008-, tinha aproximadamente R$400.000 pela estatal de petróleo, e em ações do Itaú, perto de R$600.000. Ou seja, se fizermos as contas, em comparativo com uma Poupança, ou Fundo de Renda Fixa, os ganhos em Bolsa teriam sido muitas vezes maiores nesse período de 14 a 15 anos em Bolsa.

Antes do Lula presidir o Brasil, em 2002, o Ibovespa chegou a bater próximo dos 9.500 pontos, e hoje está nos 70.000 pontos, o que dá aproximadamente uns 640% no período de oito anos. Em números, um investimento de dez mil reais teria chegado, hoje, a aproximadamente R$ 74.000.

Dessa forma, acreditamos que nossas empresas estarão maiores e mais sólidas nos próximos anos, com um ingresso maior de investidores na Bovespa, como a mesma inclusive projeta, podendo chegar a cinco milhões de investidores pessoas físicas em 2015. Lógico, além do aumento do ingresso de volumes de estrangeiros no País. Isso tudo nos traz um cenário muito interessante olhando para frente.

Se o investidor pensar em relação ao seu futuro, é necessário diversificar seus investimentos em imóveis, bancos, negócios. E ele pode fazer tudo isso em Bolsa. Se ele quer participar dos lucros de uma grande empresa imobiliária, na qual veja perspectivas excelentes, ao invés de comprar um imóvel, esperar a sua valorização e sua liquidez, ele pode comprar ações dessa companhia. Os bancos poderão se tornar maiores, vendendo mais crédito para um País claramente promissor, e o investidor poderá participar desses lucros. As empresas de varejo, hoje, que se tornam grandes atrativos na Bolsa, poderão ser empresas maiores ainda nos próximos anos, com o aumento de renda e emprego que o Brasil já apresenta neste ano.

Isso tudo vem corroborar com a ideia de que a Bolsa é a melhor diversificação de investimentos que o investidor pode ter. Ele investe na empresa, através de uma análise bem estruturada, e pode ganhar no médio e longo prazo acima de uma previdência normal de renda fixa. Ele sabe no que está investindo, e no que as companhias atuam. Isso faz com que o investidor se sinta seguro. Inclusive, apenas para citar, Warren Buffet, usa dessa visão quando investe seus altíssimos volumes de sua empresa em uma companhia. Ele as enxerga no médio e longo prazo. Por isso, algumas das frases dele são tão importantes: “encare a compra de ações como se estivesse comprando a empresa toda”; “seja sócio de quem você não gostaria de ser concorrente”; “encare a compra de ações não pensando no preço que ela está, mas sim nos fundamentos e desempenho que essa empresa projeta em seus lucros”.

Ou seja, aposentadoria é algo que se deve pensar como investimento, e não simplesmente como um dinheiro que retornará no futuro, assegurando o sonhado conforto financeiro depois de uma vida toda de trabalho.

Salomão Santos é economista pela PUC São Paulo, com MBA pela FGV, atua com investimentos no mercado financeiro há quase 20 anos e é diretor de operações da iCash Investimentos, uma empresa Private Invest, registrada na CVM –Comissão de Valores

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