Fabíola Glênia, G1
Especialistas de diferentes áreas ouvidos pelo G1 concordam que o anúncio da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) feito nesta sexta-feira (29) sobre a estimativa de volume de até 15 bilhões de barris de petróleo na reserva do poço Libra é uma boa notícia, mas são unânimes ao afirmar que o tema precisa ser analisado de maneira mais analítica e menos emocional.
“Faz a gente ficar otimista em relação ao futuro do Brasil como produtor de petróleo, mas ainda está muito longe de ser uma realidade. Tem muitos desafios a vencer”, alerta o economista Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). “Na prática, representa que o Brasil tem uma perspectiva bastante promissora no que se refere a produzir petróleo e gás nos próximos 10 anos.”
Entenda o que pode mudar com o modelo de partilha de produção no pré-sal
“O pré-sal é uma coisa importante, mas já estão gastando por conta e todo mundo está se sentindo muito rico, e resultados consistentes e importantes para impactar a atual situação de produção de petróleo só lá para 2015, mais certamente em 2017”, diz a doutora em economia Maria Beatriz David, professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
Para o advogado e professor Cláudio Araújo Pinho, membro da Comissão de Petróleo, Gás e Biocombustíveis do Instituto dos Advogados Brasileiros, uma das preocupações é a euforia envolvendo todo o processo. “Quando entraram com os projetos [de lei] em agosto de 2009, entraram em regime de urgência". Por conta dessa urgência, diz ele, foram vetadas todas as emendas ambientais a esses projetos.
A questão ambiental também é uma das preocupações da professora Maria Beatriz. “Tem toda a questão dos riscos que existem: riscos econômicos, tecnológicos e ambientais. O Golfo do México provou isso pra gente”, reforça. “É um recurso não-renovável, não pode gastar de forma irresponsável. É preciso ter em mente a sustentabilidade de longo prazo, não pode haver desperdício.”
Ela destaca, ainda, a questão da amplitude do volume da reserva de Libra. Segundo a ANP, o poço pode ter entre 3,7 bilhões e 15 bilhões de barris de petróleo. “Esse negócio do pré-sal, a elasticidade está em toda a avaliação. Desde a necessidade de investimento – que é enorme –, até as possibilidades, estão todas neste nível de erro.”
Especialistas de diferentes áreas ouvidos pelo G1 concordam que o anúncio da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) feito nesta sexta-feira (29) sobre a estimativa de volume de até 15 bilhões de barris de petróleo na reserva do poço Libra é uma boa notícia, mas são unânimes ao afirmar que o tema precisa ser analisado de maneira mais analítica e menos emocional.
“Faz a gente ficar otimista em relação ao futuro do Brasil como produtor de petróleo, mas ainda está muito longe de ser uma realidade. Tem muitos desafios a vencer”, alerta o economista Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). “Na prática, representa que o Brasil tem uma perspectiva bastante promissora no que se refere a produzir petróleo e gás nos próximos 10 anos.”
Entenda o que pode mudar com o modelo de partilha de produção no pré-sal
“O pré-sal é uma coisa importante, mas já estão gastando por conta e todo mundo está se sentindo muito rico, e resultados consistentes e importantes para impactar a atual situação de produção de petróleo só lá para 2015, mais certamente em 2017”, diz a doutora em economia Maria Beatriz David, professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
Para o advogado e professor Cláudio Araújo Pinho, membro da Comissão de Petróleo, Gás e Biocombustíveis do Instituto dos Advogados Brasileiros, uma das preocupações é a euforia envolvendo todo o processo. “Quando entraram com os projetos [de lei] em agosto de 2009, entraram em regime de urgência". Por conta dessa urgência, diz ele, foram vetadas todas as emendas ambientais a esses projetos.
A questão ambiental também é uma das preocupações da professora Maria Beatriz. “Tem toda a questão dos riscos que existem: riscos econômicos, tecnológicos e ambientais. O Golfo do México provou isso pra gente”, reforça. “É um recurso não-renovável, não pode gastar de forma irresponsável. É preciso ter em mente a sustentabilidade de longo prazo, não pode haver desperdício.”
Ela destaca, ainda, a questão da amplitude do volume da reserva de Libra. Segundo a ANP, o poço pode ter entre 3,7 bilhões e 15 bilhões de barris de petróleo. “Esse negócio do pré-sal, a elasticidade está em toda a avaliação. Desde a necessidade de investimento – que é enorme –, até as possibilidades, estão todas neste nível de erro.”
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