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Quem é preso com fuzil não é suspeito. É terrorista


Não é bom ficar dizendo que as forças de segurança “enxugam gelo” quando fazem operações de combate ao crime, seja ele organizado ou esparso. Todas as operações das polícias são boas e úteis. São fruto de planejamento e aplicação de doutrina pensada e validada. Não é bom que a imprensa e a sociedade fiquem dizendo que as ações realizadas em favelas no Rio de Janeiro, São Paulo, Vitória ou Porto Alegre são violentas ou que não frutíferas. São, sim.

O delegado responsável pela área da favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, Antônio Ricardo Lima Nunes, disse na manhã desta segunda-feira (25set) que as Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) não faliram. O sistema, segundo o policial, tem que passar por diversas avaliações e ajustes. Mas não é possível dizer que o sistema faliu. Segundo Lima Nunes, muitas das informações de inteligência da polícia são levantadas através das UPPs. Inclusive a da favela da Rocinha.

Sobre enxugar gelo, o delegado carioca é enfático: “Se não enxugarmos gelo, dentro de pouco tempos não teremos controle sobre o iceberg”. Para o delegado, é importante que seja modificada a legislação, especialmente para aqueles traficantes que são pegos com armas pesadíssimas, como fuzis e armamento anti-aéreo. Para o delegado, enquanto a imprensa e a sociedade tratarem os presos por porte de fuzis como suspeitos, não é possível a redução da criminalidade pesada. Estamos em guerra e quem tem o porte de fuzil é terrorista. Não pode ser tratado de outra forma. Quem possui uma metralhadora calibre .50 e não faz parte do Exército ou da Polícia precisa ser preso. E não é suspeito. É terrorista. Assim pensa o delegado.


O que ocorre no Rio de Janeiro é uma guerra, onde grupos muito bem armados lutam entre si pelo território para poder vender drogas. 

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