O presidente Michel Temer não deve e não pode ser candidato. Eu não quero. Vários não querem, sem contar a galera que fica gritando "fora Temer" por esse Brasil a fora. Eu não quero que Michel Temer seja candidato porque ele já falou, no início do seu mandato-tampão, que não seria candidato. Portanto, o presidente precisa honrar sua palavra e fazer um governo de transição, garantindo as eleições de outubro e tudo bem.
Lançar sua candidatura, como admitiu esta semana o ministro Eliseu Padilha - que Temer pode ser candidato - na Rádio Gaúcha, é um sinal de que os políticos não estão nem aí para a opinião pública. Não seria bom o presidente da República, em um momento tão complicado da República, dizer uma coisa e fazer outra. Repetindo, Temer disse em 2016 que não seria candidato.
Ele precisa de foro privilegiado, é sempre bom lembrar. O arquivamento do processo contra ele pela Câmara não tirou de cima de sua cabeça a espada da Justiça. Temer apenas viu adiada a sua prestação de contas junto ao Supremo Tribunal Federal.
Temer precisa não ser candidato, apenas o presidente da República que vai conduzir o país para as eleições de outubro e passar a faixa presidencial em janeiro para o eleito. Só. Fazendo isso já entra para a história.
A economia brasileira está bem. Temer conseguiu mudanças importantes depois do impeachment que tirou do poder Dilma Rousseff. Evitou que o Brasil se transformasse em uma Venezuela, ou, em menor escala, em uma África do Sul, onde um governo com o mesmo viés ideológico está condenando os sul-africanos a uma taxa de desemprego na casa dos 35%.
Temer tem várias virtudes. A maior delas, sem dúvida, é a estabilidade monetária, que vem chancelando a retomada do crescimento.
Sendo candidato, Temer puiria o tecido político que está garantindo a estabilidade e a retomada do crescimento. Ruídos na política agora seriam nefastos para o que resta do nosso Brasil.
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