Vice-líder do governo Marchezan na Câmara afirma que discurso da oposição em defesa desta classe é político eleitoral
Trabalhadores comemoram prorrogação de suas atividades até 2020 (Foto Luiza Dorneles/CMPA) |
Porto Alegre, RS - O vice-líder do governo Marchezan na Câmara, Moises Barboza, criticou vereadores que fazem discurso político em cima da situação dos carrinheiros de Porto Alegre. O parlamentar acredita que a situação é complexa, já que o Programa Porto Alegre Para Todos conseguiu mudar a vida de apenas uma pequena parcela dos catadores de lixo. Barboza afirma que este fato acabou sendo crucial para que o veto do prefeito Nelson Marchezan Junior fosse rejeitado na Câmara de Vereadores na última segunda-feira e contesta quem é a favor deste tipo de profissão.
“É inaceitável que, em pleno 2017, algumas pessoas sejam apoiadores de que tenhamos outros empurrando carrinhos em condições arcaicas. É desumano”, diz Barboza
Para ele a falta de alternativas para mudar a vida dessas pessoas é um erro de gestão.
“Não podemos tapar o sol com a peneira, Porto Alegre ainda não ter solução para estas pessoas é um atestado de incompetência de todas as gestões, nos incluindo na responsabilidade”, conclui o parlamentar.
Após a Câmara de Vereadores rejeitar o veto ao projeto de lei que prorroga a circulação dos Veículos de Tração Humana, os catadores de lixo poderão realizar suas atividades até 2020. O Presidente da Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana, o vereador Marcelo Sgarbossa, do PT, critica o Programa Todos Somos Porto Alegre, que previa a inclusão social e econômica dos catadores. Para ele a iniciativa apresenta falhas.
“Falhou já no momento no encontrar essas pessoas, porque elas normalmente não tem endereço fixo, como também a questão de documentação. A prefeitura entendeu que as pessoas fazerem o curso, deveria prover uma bolsa. Esta bolsa era menos da metade do que eles ganhavam no dia a dia, então o sujeito não ia no curso e perder metade de sua remuneração”, diz Sgarbossa.
O veto do prefeito Nelson Marchezan Junior foi derrubado pela Câmara de Vereadores em sessão ordinária por unanimidade. Com a derrubada, a matéria voltou para o prefeito, que deve se manifestar nesta quarta-feira para promulgar a lei ou silenciar sobre o projeto. Caso Marchezan não se manifeste, a nova lei será promulgada pelo presidente da Câmara Municipal, vereador Cassio Trogildo, do PTB.
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