Há alguns dias, o Valor Econômico trouxe uma matéria dizendo que o governo federal estima em 400 mil o número de brasileiros que foram repatriados nos últimos dois anos. Seriam 400 mil brasileiros que deixaram o Brasil em outra época para tentar a vida no Exterior, seja no Japão, Estados Unidos, Canadá, Austrália ou alguns países da Europa. Esses brasileiros estariam retornando a partir do segundo semestre de 2008, quando estourou a crise do subprime nos Estados Unidos e o emprego nos países desenvolvidos diminuiu. São diferentes histórias de vida nessa multidão de 400 mil brasileiros. Alguns ganhavam a vida em Londres lavando pratos, entregando panfletos em esquinas e faxinando aqui e ali. Sim, muitos faziam as três atividades para juntar algumas libras. Outros, mais afortunados, aproveitaram o boom econômico dos anos 2000 e ganharam dinheiro em atividades mais remuneradas e mais chiques, como produtores culturais, trabalhadores no mercado financeiro ou na indústria de tecnologia.
Depois da crise dos Estados Unidos, estamos agora em plena crise dos déficits fiscais em diversos países da Europa. O Japão rema contra a corrente e perde, ano a ano, posições importantes em diversos setores da indústria para o gigante chinês. Para os estrangeiros em geral, ficou difícil conseguir empregos no Velho Mundo.
Com tudo isso, os brasileiros retornam ao Brasil. Hoje, para muitos, o Brasil é o melhor país do mundo para trabalhar e ganhar dinheiro. Tirando a violência das ruas e o medo constante de ser assaltado, o Brasil é um país bem bom. O desemprego está caindo e cada vez mais, novas oportunidades de emprego e renda surgem em praticamente todos os estados. Há quem diga que o Brasil é a bola da vez em vários setores da economia. E, por isso, precisa de gente para ocupar os postos de trabalho que o fato de ser "a bola da vez" acaba gerando.
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