Vereador Fernando Holiday, Democratas, São Paulo |
O Movimento Brasil Livre (MBL) é
a coisa mais importante que surgiu na novíssima democracia desde o Movimento
dos Trabalhadores Sem-Terra. O MBL, com sua avalanche de presença nas redes
sociais, especialmente Facebook e Instagram, está marcando época no cenário
político nacional. Faz barulho, enfrenta o que já está sistematizado,
consolidado e, até, fossilizado no jeito de fazer política no Brasil.
O MBL é o movimento mais
importante na cena política desde o MST pelo seu caráter libertário e até
mesmo, em alguns casos, com táticas non-sense de buscar a atenção da mídia e da
opinião pública em geral. O MBL tem entre seus quadros gente muito jovem, na
casa de 19, 20, 21 anos. São capazes de se infiltrar em manifestações de gente
de esquerda sem nenhum medo de tomar porrada.
O MBL vem com uma cartilha
liberal modernizada, muito baseada no que escreveu o austríaco Ludwig Von
Mises. O estado só atrapalha, privatiza tudo, deixa que o mercado governa. São
mantras estabelecidos pelo MBL e que têm encontrado eco na população casada de
uma experiência de quase 30 anos de políticas socializantes no Brasil. Como
muito que saiu da Constituição de 1988.
O MBL tem coisas interessantes em
suas propostas aprovadas em congresso. Entre elas a gestão privada de escolas e
presídios, a legalização do homeschooling, desburocratizar os planos de saúde e
substituir o SUS por algo que funcione e não permita tanto roubo.
Também quer a privatização de saneamento
básico nos municípios, a revogação da Lei Rouanet, fim do voto obrigatório e do
fundo partidário. Entre outras propostas, também prevê o fim da função social
da propriedade. Propriedade privada é propriedade e pronto. Sem relativização.
O MST foi importante no final da
década de 1980 e início dos 1990, quando encontrou eco em diversas parcelas da
população. Com o tempo, a máscara caiu. O povo viu que o MST é um dos braços do
PT para fazer ações políticas no campo e na cidade, com vistas à implantação de
uma agenda socialista.
No topo deste artigo está o rosto
do vereador Fernando Holiday, do Democratas de São Paulo capital. Ele é das
fileiras do MBL, como os gaúchos Leonardo Braga e Ramiro Rosário, ambos do
PSDB.
Holiday é o nome político de Fernando
Silva Bispo. Filho de mãe auxiliar de limpeza, foi um dos líderes pelo
movimento pró-impeachment de 2016.
Leonardo Braga |
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