Felipe Peroni, Brasileconomico
A alta do compulsório pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) foi uma alternativa sensata a uma eventual alta dos juros para controlar a inflação, na opinião de economistas.
A medida prevê o aumento de 8% para 12% no adicional de compulsório em depósitos à vista e a prazo, além de incremento no compulsório sobre depósitos a prazo de 15% para 20%. O aumento deve retirar R$ 61 bilhões da economia, e entra em vigor na segunda-feira (6/12).
Na prática, a decisão retira moeda de circulação, desestimulando o consumo. Para analistas, esse é o primeiro passo de um ciclo de aperto monetário que já era necessário.
"O BC teve que escolher entre essa medida e elevar os juros", afirma Clodoir Vieira, economista da corretora Souza Barros.
Para Vieira, a vantagem do aumento do compulsório é ser uma medida limitada ao consumo, enquanto a alta da Selic afeta outras áreas da economia. "Quando aumenta a Selic, o governo paga mais juros, e a dívida cresce".
O presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Alencar Burti, não descarta uma alta da Selic.
"A medida não substitui uma alta de juros, mas faz com que o ajuste futuro seja menor", afirma Burti.
De acordo com o empresário, a medida visa evitar um desgaste da credibilidade da política monetária. "Um aumento muito alto da Selic causaria um desgaste na instituição".
Burti explica que a medida possui impacto imediato, mas alguns efeitos deverão ser sentidos apenas em 2011. "Apenas o anúncio já afeta as expectativas de consumo", destaca. "Do lado da produção, a medida só vai agir a partir do ano que vem, porque os estoques já estão formados".
Após o anúncio, a Austing Rating, agência de avaliação de risco, reiterou sua previsão de que a Selic deve ficar inalterada, em 10,75% ao ano, na reunião do Copom deste mês. A agência espera uma elevação de pelo menos 0,5 ponto percentual na primeira reunião do próximo governo, em janeiro de 2011.
A alta do compulsório pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) foi uma alternativa sensata a uma eventual alta dos juros para controlar a inflação, na opinião de economistas.
A medida prevê o aumento de 8% para 12% no adicional de compulsório em depósitos à vista e a prazo, além de incremento no compulsório sobre depósitos a prazo de 15% para 20%. O aumento deve retirar R$ 61 bilhões da economia, e entra em vigor na segunda-feira (6/12).
Na prática, a decisão retira moeda de circulação, desestimulando o consumo. Para analistas, esse é o primeiro passo de um ciclo de aperto monetário que já era necessário.
"O BC teve que escolher entre essa medida e elevar os juros", afirma Clodoir Vieira, economista da corretora Souza Barros.
Para Vieira, a vantagem do aumento do compulsório é ser uma medida limitada ao consumo, enquanto a alta da Selic afeta outras áreas da economia. "Quando aumenta a Selic, o governo paga mais juros, e a dívida cresce".
O presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Alencar Burti, não descarta uma alta da Selic.
"A medida não substitui uma alta de juros, mas faz com que o ajuste futuro seja menor", afirma Burti.
De acordo com o empresário, a medida visa evitar um desgaste da credibilidade da política monetária. "Um aumento muito alto da Selic causaria um desgaste na instituição".
Burti explica que a medida possui impacto imediato, mas alguns efeitos deverão ser sentidos apenas em 2011. "Apenas o anúncio já afeta as expectativas de consumo", destaca. "Do lado da produção, a medida só vai agir a partir do ano que vem, porque os estoques já estão formados".
Após o anúncio, a Austing Rating, agência de avaliação de risco, reiterou sua previsão de que a Selic deve ficar inalterada, em 10,75% ao ano, na reunião do Copom deste mês. A agência espera uma elevação de pelo menos 0,5 ponto percentual na primeira reunião do próximo governo, em janeiro de 2011.
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